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Por , 08 Jun 23 - Projetos
Data: 7 de junho de 2023
Em um esforço para fortalecer a educação sexual e o aprofundamento do Programa "Eu me amo Eu me cuido", a AUPP realizou capacitação especializada voltada para educadores, com o objetivo de promover o conhecimento e o diálogo aberto sobre a temática da sexualidade.
A capacitação, teve como propósito fornecer aos educadores as ferramentas necessárias para abordar a sexualidade de forma responsável, inclusiva e baseada em evidências científicas. Contou com a participação de todos/as os educadores/as da Sistema de Apadrinhamento (ChildFund Brasil); Educadores/as Sociais de projetos, tecnologias e programas; Governança (Diretoria) e voluntários. Foram 08 horas dedicadas ao aprofundamento da proposta metodológica do Programa "Eu me amo Eu me cuido", de forma dinâmica, vivencial e reflexiva.
A formação é uma parceria da AUPP com a Secretária Municipal de Saúde de Limoeiro do Norte, que disponibilizou a facilitadora dos trabalhos. Sandra Bessa é graduada em Pedagogia, pós-graduada em Psicopedagogia e com uma vasta experiência em Educação Sexual.
Dentre os tópicos abordados, destacaram-se a diversidade sexual, os direitos sexuais, a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e a importância do consentimento. Os participantes também tiveram a oportunidade de explorar as questões de gênero, identidade e orientação sexual, buscando desmistificar estereótipos e preconceitos que frequentemente cercam essas temáticas. A facilitadora, trouxe um olhar técnico que desmitifica tabus ainda muito presente nos diálogos cotidiano sobre o tema. E como resultado desse momento inicial, percebemos o engajamento preciso dos participantes e a postura centrada e comprometida com toda a proposta.
A gestora da AUPP, Neidinha Azevedo ressalta que “o tema da sexualidade ainda carrega preconceitos e estereótipos. E que o convite é para tratarmos a sexualidade, como uma das linhas de vivencias, inerente ao nosso ser, como bem apresenta a Pedagogia Biocêntrica.”
Para Natalia Lima, educadora de referência do programa Eu me amo Eu me cuido, a capacitação foi uma oportunidade valiosa de aprimoramento pessoal e profissional. "Diferente das formações tradicionais, tivemos a oportunidade e autonomia de explorar o tema da sexualidade. Podemos vivenciar na prática dinâmicas que enriqueceram o nosso próprio repertório de atividades, pois a própria Sandra nos alertou a possibilidade de replicar em nossas ações futuras. Foi uma experiência que teve muito a agregar, tanto em minha vida pessoal quanto na minha vida profissional, enquanto educadora.” afirmou Natalia.
A realização dessa capacitação faz parte do processo de implantação do programa “Eu me amo Eu me cuido”, novo programa que a AUPP em parceria com o ChildFund Brasil estará implantando em seu território.
A expectativa é que os educadores e voluntários capacitados se tornem agentes multiplicadores desse conhecimento, na execução do programa, por meio de sessões com os grupos de atenção de 6 a 14 anos, contribuindo para a formação de uma sociedade mais informada, consciente sobre sexualidade e a proteção infantil.
Neidinha Azevedo, conclui que “envolvidos nesses saberes e bebendo desta fonte, concluímos que é urgente a proposta de formação sobre sexualidade para multiplicadores/as (educadores sociais, lideranças, professores), contribuindo assim para uma nova consciência reflexiva, vivencial, possibilitando uma nova dinâmica nas relações entre todos/as.”
LINHA DE VIVÊNCIA DA SEXUALIDADE
Aprofundando esse caráter da linha de vivência, aportamos nossa abordagem em Rolando Toro, quando enfatiza:
Sexualidade, está relacionada ao prazer de viver, é um modo de ser. Para Rolando Toro, isto significa que “a sexualidade não é apenas uma expressão das glândulas endócrinas e da genitalidade. Tampouco está limitada à função reprodutora ou ao orgasmo. A sexualidade abarca a totalidade do ser” (2008, p. 79).
Toro (2008) aborda a existência de um inconsciente vital que se manifesta na vivência da sexualidade, “é uma sensação corporal relacionada com profundas necessidades internas, com elementos de angústia, com estados de humor endógeno e desejos de fusão global com elementos e com seres humanos” (p. 79).
Essa forma de expressão da sexualidade, abraça a integridade de cada um/a, e impulsiona um novo olhar é movimento assertivo em favor desta vivência tão singular.
Ainda reportando-nos a Rolando Toro, encontramos a perspectiva dos impactos desta vivência da sexualidade, como ele mesmo descreve sendo:
Prazer de viver; Expressão das emoções; Valorização dos prazeres cotidianos (alimentar-se, tomar banho, dormir, pisar na grama, na areia, caminhar pela rua, contemplar paisagens); Satisfação em realizar o próprio trabalho; Prazer do contato com o outro, percebendo, enfatizando e valorizando o lado positivo das pessoas; Dar-se conta da importância do seu papel na organização da vida; Transmitir o desejo de cuidar do ambiente a sua volta; Conhecimento do próprio corpo; Identidade sexual.
REFERÊNCIA:
Toro, R. (2008). Biodanza: Caminos de la Conciencia. Editorial Cuarto Propio. ISBN 9562604330, 9789562604338. (300 páginas)
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